segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Resumo da ópera...

O Dakar 2010 finalizou no sábado (14) tendo o francês Cyril Despres como vencedor.
Nos gráficos abaixo podemos acompanhar a evolução dos pilotos no decorrer da competição.


Dá pra notar que a partir da metade as coisas já estavam mais definidas, e a "dança das cadeiras" tomou um ritmo mais lento.


Luca Manca, que abandonou na quinta etapa vítma de grave acidente, saiu do coma induzido dia 12 e tudo indica que se recuperará bem.



Desde Junho passado, com a divulgação de mudanças no regulamento por parte da organização que "penalizavam" com um restritor de potência os pilotos de ponta que utilizassem motores acima de 450cc, uma grande polêmica se instalou, gerando inclusive a retirada por parte da KTM de sua equipe oficial.
Só para relembrar, pois já escrevemos por aqui, Yamaha venceu 9 edições, mas não vence desde 98, a BMW venceu 6 e a Honda 5, e desde 2001 só deu KTM, que com a vitória deste ano, iguala a marca de 9 vitórias da Yamaha.

Largaram este ano 151 motos, sendo 77 450cc e as demais 74 acima disso.
E do chamado "grupo de elite", que é composto por 37 pilotos, dos quais 21 participaram desta edição do rally, apenas 9 usaram motos 450cc, os outros 12, apesar do tal "restritor", usaram KTM 660cc ou 690cc.
Destes 21 membros da elite, 15 chegaram ao final, 5 com 450cc e os demais com KTM 660cc ou 690cc.
Das 74 motos acima dos 450cc, apenas 3 não eram KTMs, e entre as 450 figurava apenas 7 motos desta marca.
Olhando ainda para os 20 primeiros classificados, são 13 KTM contra o resto, e para fazer justiça com as máquinas, descontando as penalizações de Coma, que são resultado de erro humano (dele ou da organização...), os 3 melhores tempos também são das KTM.
Analisando esse monte de números, entende-se o motivo do direcionamento da organização do Dakar no sentido de limitar aos 450cc: Competitividade.
Caso esta "restrição" não fosse imposta a tendência seria que apenas KTMs participassem da competição. Isto justifica-se pelo objetivo de resgatar a competitividade entre os fabricantes e modelos, mas evidencia a supremacia e reinado absoluto das motos KTM quando se fala em rally cross country.
Pessoalmente, penso que a KTM deve rever sua posição, aceitar o desafio, e tratar de colocar opções adaptadas à "linha de corte" dos 450cc.
E pra não dizer que não falei das flores... o sexo frágil segue conquistando seu espaço, e no Dakar não é diferente.
4 bravas chegaram ao final da competição. Annie Seel, sueca de 40 anos, foi a melhor classificada levando sua KTM ao 45 posto, Silvia Giannetti, italiana de 36 anos, também correu de KTM e chegou em 67, Cristina Meier, alemã de 37 anos, correu de Yamaha e chegou em 85, e Tamsin Jones, inglesa também de 37 anos, também de Yamaha, terminou em 87.


Para finalizar, outra informação interessante é que a média de idade dos 6 primeiros está perto dos 37 anos, o que mostra que know-how conta mais que fôlego no Dakar (Picco que o diga!).

Pois é... o balanço geral é este.
Fica a expectativa para 2011, e uma última imagem como homenagem aos campeões.


Até o próximo post.

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