quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Dakar 2016 - Caminho aberto para a 15º vitória da KTM

Olá pessoal!

Vejam o que eu comecei a escrever ontem...

"Ontem foi a vez de Paulo Gonçalves dar adeus ao Dakar. Sua Honda apresentou problemas mecânicos logo no início da etapa e não foi mais possível continuar.
Com Barreda e Paulo Gonçalves fora, com Joan Pedrero e Helder rodrigues sem um desempenho relevante, o caminho ficou aberto para a KTM e o australiano Toby Price, que voou baixo na 9ª etapa, ganhando mais 10min sobre Svitko, o novo segundo colocado na geral.

Desde que conquistou seu primeiro Dakar, logo com as 3 primeiras posições em 2001, a KTM só abriu espaço no degrau mais baixo do pódio 5 vezes, e uma única vez a segunda colocação ficou com a Honda de Paulo Gonçalves.
Restam ainda a Honda do argentino Kevin Benavides, a Husqvarna do chileno Pablo Quintanilla e a Yamaha do português Helder Rodrigues com alguma chance de um espacinho no pódio."

Pos é... só que não.


Marc Coma chamou para si a responsabilidade e finalizou a etapa no Km 176 da especial.
Justificativa: 42ºC às 10h da manhã e vários pilotos com sintomas de desidratação.
Como alguns pilotos de fato percorreram toda a especial, a organização resolveu considerar isso para chegar "virtualmente" a um tempo a ser considerado para quem parou com a neutralização. Usaram uma fórmula matemático/cabalística meio maluca para atribuir os tempos.

Isso mudou um pouco o quadro, pois Paulo Gonçalves, mesmo que com muito atraso, passou pelo Km176 rebocado por Paolo Ceci, que ganha o título de rebocador oficial do Dakar2016,  e ficou vivo na competição, mas 34min atrás de Price.
De outro lado, Benavides foi prejudicado. Tinha ficado em 4º a 33min do líder, e passou a figurar em 6º a 48min.
Muitos pilotos reclamaram bastante da decisão.
Laia postou em sua página no Facebook: "Before, I was 13th 13 minutes from top 10. Now I'm 14th, 50 minutes from top 10".
Casteu também se manifestou: "Trop de sécurité tue la course. Nous sommes des pilotes de l’extrême, nous savons que c’est dangereux. On nous avait dit que c’était la course la plus dure du monde, mais c’est nul ! Nous les pilotes de rallye, nous ne pouvons plus faire la différence".

Enfim. tá feito. Vira a página e seguir para a próxima etapa.

A ordem de saída de hoje foi inovadora, além de haver sido atrasada de novo em virtude do nível de água em um rio que deveria ser atravessado durante a especial.
Largaram as 4 primeiras motos, Price, Benavides, Svitko e Quintanilla a intervalos de 3 minutos. Em seguida largaram 4 carros, Sainz, Van Loon, Hirvonen e De Villiers. Assim, misturados, todos continuaram a largar para esta 10 etapa.
Mesmo tratando-se de uma etapa marathon, Paulo Gonçalves parece que conseguiu resolver os problemas mecânicos - radiador - que tinha na etapa anterior.

Novamente a etapa foi finalizada antes do previso, no CP5 (Km 244,7), pelo mesmo motivo que atrasou a largada: um rio muito cheio que não permitia cruzar.

Svitko foi que voou mais baixo, conquistando sua primeira votória em uma etapa. Kevin ficou em segundo, Price em terceiro e Paulo Gonçalves em quarto.
Os 3 primeiros passaram sempre juntos pelos WPs.



Na classificação geral Price segue na frente. Svitko vem depois (+00:23:12), seguido de Paulo Gonçalves (+00:34:15) e Quintanilla (+00:42:49).

Hoje as equipes podem trabalhar nas motos e recuperar os danos sofridos.
Vamos ver se haverá substituição de motor, o que se paga com penalização de 15min.

Seguimos acompanhando.

PS - Paulo Gonçalves foi penalizado em 00:39:56, aparentemente por haver permanecido tempo demais parado no CP2.
Parece que ele só poderia ter permanecido ali por 15min e todo o tempo excedente foi convertido em penalização.

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